Autores:
Filipa Rompante 1, Sara Pedroso2
1 - Médica Interna de Formação Especializadaem Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Serviço de Pedopsiquiatria doCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra
2 - Assistente Hospitalar de Psiquiatria daInfância e da Adolescência, Serviço de Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Os adolescentes apresentam vulnerabilidade aumentada a comportamentos de risco, incluindo comportamentos aditivos. Em 60–80% dos casos, o uso regular de substâncias é limitado à adolescência e início da idade adulta. (1) O início precoce dos comportamentos aditivos associa-se a piores indicadores de saúde e a comportamentos de risco em idade adulta. Os Médicos de Família e os Pediatras têm um papel privilegiado na prevenção, deteção e orientação precoce destas situações.
A adolescência é um período marcado por grandes transformações ao nível biológico, psicológico e social. Assim, os comportamentos de risco, podem ter uma função adaptativa nos adolescentes, sendo importante avaliar o valor instrumental, a intensidade e o impacto na vida do jovem. A experimentação é frequente neste período, incluindo o uso de substâncias, com gravidade variável (desde a experimentação ao consumo/abuso ou à dependência). (2) Em alguns casos, os consumos podem estar associados a perturbações no processo de desenvolvimento ou a patologia psiquiátrica. (1)
Na 5ª Edição do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-5; 2013), as Perturbações Relacionadas com Substâncias e Perturbações Aditivas foram pela primeira vez divididas em Adições com Substância e Adições sem Substância. (3)
O DSM-5-Text Revision (DSM-5-TR), divide as Perturbações Relacionadas com Substâncias em Perturbação de Uso de Substâncias (PUS) e Perturbações induzidas por substâncias. (4)
Na Tabela 1 estão representados os critérios de diagnóstico da DSM-5-TR e da CID-11 (Classificação Internacional de Doenças, 11ª Edição). (4,5) As perturbações relacionadas com substâncias englobam 10 categorias de substâncias (Tabela 2).
A Perturbação de Jogo Patológico (Gambling Disorder) está incluída no DSM-5-TR, que remete a Perturbação de Jogo Online (Gaming Disorder) para a secção de “condições para estudo posterior”, na qual se incluem as condições para as quais não estão disponíveis evidências científicas que apoiem o seu uso clínico generalizado, mas que podem beneficiar de investigação futura.
A Figura 1 apresenta a classificação dos consumos de acordo com o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), que é depois usada para determinar níveis de consumo, risco e intervenção – Figura 2.
Existem variações consideráveis entre países no que respeita ao tipo de substâncias usadas e à prevalência de diferentes consumos. Na Europa, em 2019, as substâncias mais consumidas foram o álcool, o tabaco e a canábis. (6) Em Portugal, o SICAD disponibiliza dados relativos a padrões de consumo de substâncias e uso de dispositivos digitais de jovens portugueses de 18 anos, sendo os dados mais recentes referentes ao ano de 2021. (7, 8, 9, 10)
O uso de substâncias aumenta ao longo da adolescência. Após os 17 anos a prevalência é significativamente mais alta nos jovens do género masculino (10.8% vs 5.6%). (1)
Uma minoria de adolescentes (5%) cumpre critérios de PUS. (11)
As perturbações aditivas têm etiologia multifatorial, com interação de fatores de vulnerabilidade individuais (p.ex. genéticos) e fatores de risco ambientais (p.ex. contexto familiar).
Durante a maturação cerebral, o sistema de recompensa dopaminérgico desenvolve-se antes do córtex pré-frontal. Assim, os adolescentes são altamente motivados a procurar recompensas/prazer e evitar a dor/desprazer, mas a sua capacidade de tomada de decisão e controlo cognitivo ainda estão em desenvolvimento. Este desequilíbrio contribui para a maior probabilidade de ocorrência de comportamentos de risco nesta faixa etária.
Os comportamentos aditivos associam-se frequentemente a “desinibição comportamental”, traço de temperamento que consiste em “procurar recompensas, apesar do risco de consequências adversas”. (2) Os traços de impulsividade (défice no auto-controlo e inibição de resposta) e busca de sensações (“sensation seeking”; predisposição para procurar experiências novas, estimulantes) contribuem para a desinibição comportamental.
As drogas ativam direta e intensamente os sistemas de recompensa cerebrais, pelo que as atividades habituais podem ser negligenciadas em favor das associadas à substância ou realizadas sob efeito da mesma.
Os programas de prevenção procuram aumentar os fatores protetores e reduzir os fatores de risco. A Tabela 3 apresenta os principais fatores de risco e protetores. Podem ser universais, seletivos ou indicados e aplicados em contexto escolar, familiar ou comunitário.
A educação para a saúde integra muitos programas de prevenção.(12) Nos links 1, 2 e 3 encontra-se informação acerca das principais substâncias de abuso.
Os adolescentes podem não reconhecer os seus comportamentos como problemáticos. Alguns sinais, embora inespecíficos, podem ser sugestivos. (13)
Em consulta de vigilância podem utilizar-se instrumentos de rastreio, como o CRAFFT – links 4 e 5 (14,15). Os fluxogramas e tabelas da abordagem SBIRT (Substance Use Screening, Brief Intervention and Referral to Treatment) (16,17) podem também ser úteis – links 6 e 7.
A avaliação pode dividir-se em dois tempos, inicialmente com o adolescente e os pais/cuidadores e posteriormente a sós com o adolescente. Deve procurar determinar-se se existem problemas de saúde graves (p.e. intoxicações frequentes, envolvimento em agressões, relações sexuais desprotegidas, ideação suicida…) e se são necessárias intervenções/respostas urgentes. Importa perceber se o uso de substâncias e a desinibição comportamental contribuem para os problemas do adolescente e se existe história familiar de problemas com consumos de substâncias e desinibição comportamental. Deve ainda avaliar-se se os cuidados, supervisão e monitorização dos pais são adequados e procurar detetar fatores ambientais de agravamento e proteção.
A sós com o adolescente, podem identificar-se figuras de apoio que potenciem a abstinência e esclarecer a história dos consumos: substâncias usadas e em que dose; idade de início do uso, períodos de agravamento ou abstinência, padrão atual do uso; onde e com quem consome (reforço social e ambientes de risco); como consegue as substâncias; estímulos sociais ou estados de humor que influenciam a frequência dos consumos e vantagens e desvantagens percebidas nos consumos. Outros aspetos a pesquisar são a existência de situações de violência e negligência, risco de suicídio, sinais ou sintomas sugestivos de abstinência (rara nos adolescentes, mas a exigir tratamento farmacológico) e comorbilidades. No que respeita a estas, a Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção (PHDA) e a Perturbação da Conduta estão fortemente associadas a uso de substâncias na adolescência. A presença de sintomatologia depressiva e ansiosa é também muito frequente, mas poderá ser mascarada na sua apresentação pelos consumos. Deve ainda rastrear-se a Perturbação de Jogo.
A abstinência pode ser avaliada através de testes para a deteção da substância (ou seus metabolitos) e da informação reportada pelo adolescente e pela família. A pesquisa de tóxicos na urina é o exame complementar mais utilizado, embora não seja útil em situações de consumo de álcool e algumas drogas sintéticas e tenha uso limitado para diagnóstico e documentação do uso de substâncias. (18)
A entrevista motivacional permite desenvolver condições para mudança positiva de um comportamento, sendo especialmente adequada para uso com adolescentes. (19) Baseia-se na exploração e resolução da ambivalência em relação à mudança de comportamento. (20) Intervenções breves usando componentes de entrevista motivacional podem ser adequadas para abordar os comportamentos aditivos. (21) No link 8 encontram-se exemplos de entrevista motivacional e tabelas-resumo dos seus princípios orientadores. (22)
As adições com e sem substância partilham muitas características em termos de história natural, características neurobiológicas, fenomenologia e consequências adversas, podendo ter uma base genética comum. Partilham ainda critérios de diagnóstico e o potencial prejuízo funcional.
As Adições Sem Substância têm múltiplas comorbilidades psiquiátricas, entre as quais a PUS (sobretudo álcool), Perturbações Depressivas, Perturbações de Ansiedade, Perturbações de Personalidade e PHDA.
Os pais desempenham um papel essencial na prevenção e intervenção, através do estabelecimento de limites, modelagem de comportamento apropriado, reconhecimento dos sinais de alerta para o uso problemático e modificação e/ou redução do uso excessivo. (23) Nos links 9 e 10 encontram-se as recomendações das Academias Americanas de Psiquiatria da Infância e da Adolescência e de Pediatria relativas ao uso de ecrãs/dispositivos eletrónicos.
No link 11 pode ser consultada a escala IGDS-SF9, constituída por 9 itens, adequada para avaliar a Perturbação de Jogo Online (Internet Gaming Disorder). (24)
As modalidades terapêuticas com maior suporte empírico são a terapia familiar, a terapia cognitivo-comportamental e a entrevista motivacional. A intervenção precoce aumenta as possibilidades de eficácia. Os adolescentes devem ser tratados num regime o menos restritivo possível, preferencialmente em ambulatório.
Deve promover-se a motivação para a mudança e a adesão terapêutica e o envolvimento da família para melhorar a supervisão parental e a comunicação. O aumento dos comportamentos pró-sociais, o incentivo das relações com indivíduos não consumidores e a promoção da resolução das tarefas de desenvolvimento da adolescência são também objetivos importantes. A avaliação e tratamento de comorbilidade psiquiátrica deve ser realizada em paralelo. A intervenção deve ser interdisciplinar e ter em conta que o curso é potencialmente crónico e recidivante.
A farmacoterapia é geralmente usada para potenciar as intervenções psicossociais.
Atualmente, apenas a buprenorfina tem aprovação da FDA até aos 16 anos de idade, para tratamento da Perturbação do Uso de Opióides.
A Figura 3 apresenta o Fluxograma geral da rede de referenciação/articulação e a Figura 4 o Algoritmo da Rede de Referenciação/Articulação do SICAD. (2)
No link 12, pode encontrar-se uma tabela que enumera os diferentes espaços de intervenção/consulta especializada para atendimento a jovens a nível nacional, divididos por Administração Regional de Saúde (ARS). (2)
1 - Os comportamentos de risco e a experimentação podem ter função adaptativa.
2 - Os médicos de família e os pediatras têm a oportunidade de identificar precocemente adolescentes com comportamentos aditivos.
3 - A intervenção precoce pode prevenir Perturbações de Uso de Substâncias e Perturbações Aditivas e outros problemas de saúde mental.
1 - Crowley TJ, Sakai JT. Substance-related and addictive disorders. In: Thapar A, Pine DS, Leckman JF, Scott S, Snowling MJ, Taylor E, editors. Rutter's Child and Adolescent Psychiatry. Sixth Edition. 2015. p.931-949.
2 - Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, editor. Intervenção em crianças e jovens com processos de promoção e proteção e comportamentos aditivos e dependências [Manual]. Lisboa; 2022. Accessed 2023 Apr 03. Available from: http://ministeriopublico.pt/sites/default/files/documentos/pdf/manual_intervencao_com_criancas_e_jovens_comppp_e_cad_v22.pdf
3 - American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5); 2013.
4 - American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition, Text Revision (DSM-5-TR); 2022.
5 - World Health Organization. International classification of diseases - Eleventh revision (ICD-11). (Switzerland): World Health Organization; 2018.
6 -European School Survey Project on Alcohol and Other Drugs (ESPAD) Group. ESPAD Report 2015: Results from European School Survey Project on Alcohol and Other Drugs. Luxembourg: Publications Office of the European Union; 2016. doi:10.2810/564360. ISBN 978-92-9497-110-4. Available from: https://www.emcdda.europa.eu/system/files/publications/3074/ESPAD_report_2015.pdf
7 - Carapinha L, Calado V, Neto H. Comportamentos Aditivos aos 18 anos. Inquérito aos jovens participantes no Dia da Defesa Nacional – 2021: Utilização da internet; 2022 [cited 2023 Apr 3]. Available from: https://www.sicad.pt/BK/EstatisticaInvestigacao/EstudosConcluidos/Lists/SICAD_ESTUDOS/Attachments/237/ DDN_2021_CAD_Internet.pdf
8 - Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências. Comportamentos aditivos aos 18 anos: utilização da internet. Inquérito aos Jovens Participantes no Dia da Defesa Nacional 2021 (brochura); 2022. Available from: http://www.sicad.pt/BK/EstatisticaInvestigacao/EstudosConcluidos/Lists/SICAD_ESTUDOS/Attachments/237/Comportamentos% 20Aditivos%20aos%2018%20anos%20Utilização%20da%20internet2021%20(2).pdf
9 - Carapinha L, Calado V, Neto H. Comportamentos Aditivos aos 18 anos. Inquérito aos jovens participantes no Dia da Defesa Nacional – 2021: Consumos de Substâncias Psicoativas; 2022 [cited 2023 Apr 3]. Available from: https://www.sicad.pt/BK/EstatisticaInvestigacao/EstudosConcluidos/Lists/SICAD_ESTUDOS/ Attachments/236/DDN_2021_CAD_SubstanciasPsicoativas_%20final.pdf
10 - Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências. Comportamentos aditivos aos 18 anos: utilização da internet. Inquérito aos Jovens Participantes no Dia da Defesa Nacional 2021 (brochura); 2022. Available from: http:///www.sicad.pt/BK/EstatisticaInvestigacao/EstudosConcluidos/Lists/SICAD_ESTUDOS/Attachments/236/ CAD18anosSPA_DDN2021%20final_brochura.pdf
11 - Squeglia LM, Fadus MC, McClure EA, Tomko RL, Gray KM. Pharmacological Treatment of Youth Substance Use Disorders. J Child Adolesc Psychopharmacol [Internet]. 2019 Aug [cited 2023 Apr 3];29(7):559-572. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31009234/
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13 - Thomasius R, Paschke K, Arnaud N. Substance-Use Disorders in Children and Adolescents. Dtsch Arztebl Int [Internet]. 2022 Jun 24 [cited 2023 Apr 3];119(25):440-450. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9549893/; p.444; Box3
14 - CRAFFT. https://crafft.org/use-the-crafft/
15 - John R. Knight. Center for Adolescent Substance Abuse Research (CeASAR), Boston Children’s Hospital ©. 2016. Available from: https://crafft.org/wp-content/uploads/2018/11/Portuguese_Portugal_CRAFFT2.1_Self-Administered_2018-11-02.pdf
16 - Levy SJ, Williams JF; Committee on Substance Use and Prevention. Substance use screening, brief intervention, and referral to treatment. Pediatrics [Internet]. 2016 [cited 2023 Apr 3];138(1):e20161211. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27325634/
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21 - Borus J, Parhami I, Levy S. Screening, brief intervention, and referral to treatment. Child Adolesc Psychiatr Clin N Am [Internet]. 2016 [cited 2023 Apr 3]; 25(4):579-601. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27613340/
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27 - Family and Social Services Administration of Indiana State Government. Risk and protective factors for substance use; 2023; Accessed 2023 Apr 03. Available from: https://www.in.gov/fssa/dmha/substance-misuse-prevention-and-mental-health-promotion/risk-and-protective-factors-for-substance-use/
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